26043 - Pesquisa, Ensino e Extensão em História por meios de história e tradição oral
Ano Base: 2024Tipo de ação: CURSO DE EXTENSÃO
Plano de ensino
Plano de ensino: 1) 01/10 / CONGRESSO ACADÊMICO 2) 08/10/ AULA DE APRESENTAÇÃO DO CURSO Módulo Tradições Orais/Profa. Dra. Patrícia Teixeira Santos 3) 15/10 ¿ AS CIVILIZAÇÕES ORAIS, MODERNIDADE E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. (AULA DE EXTENSÃO) VANSINA, Jan. ¿A tradição oral e sua metodologia¿. In: KI-ZERBO, Joseph (org.). História Geral da África, v.1. Brasília: UNESCO, 2010. 4) 22/10 ¿ O LUGAR DA HISTÓRIA NAS SOCIEDADES AFRICANAS: ESCRITA, LEITURA E ORALIDADES NA ÁFRICA CONTEMPORÂNEA HAMA, Boubou. ¿O lugar da História nas sociedades africanas¿. In: KI ZERBO, Joseph (org.) História Geral da África, v.1. Brasília: UNESCO, 2011. 5) 29/10 ¿ TRADIÇÕES ORAIS E CONTEMPORANEIDADE. BONVINI, Emilio. ¿A tradição oral afro-brasileira: as razões de uma vitalidade.¿ Projeto História (São Paulo), junho de 2001. 6) 05/11 ¿ OFICINA DE FORMAS DE REGISTROS DE TRADIÇÕES ORAIS EM ENTREVISTAS NO CPMH (AULA DE EXTENSÃO) Módulo Livros Didáticos/Prof. Dr. Jaime Rodrigues 7) 12/11 - HISTÓRIA DOS CURRÍCULOS E DOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA (AULA DE EXTENSÃO) a) LAVILLE, Christian. ¿A guerra das narrativas: debates e ilusões em torno do ensino de História¿. Revista Brasileira de História, 19(38): 125-138, 1999. b) BITTENCOURT, Circe. ¿Identidade nacional e ensino de história do Brasil¿. In: KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 5ª ed., São Paulo: Contexto, 2008, p.185-204. 8) 19/11 ¿ AS REFORMAS EDUCACIONAIS E O ENSINO DE HISTÓRIA Brasil. Base Nacional Comum Curricular ¿ Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2018. p. 397-433. 9) 26/11 ¿ A MATERIALIDADE DO LIVRO DIDÁTICO NO PROCESSO DE REFORMA CURRICULAR: ENTRE AS REGRAS E A PRODUÇÃO. COTRIM, Gilberto e RODRIGUES, Jaime. ¿Manual do Professor¿. In: Expedições da História, 6º ano. São Paulo: Moderna, 2022, p. VI-XLVIII. 10) 03/12- OFICINA SOBRE O USO DE IMAGENS NO LIVRO DIDÁTICO (AULA DE EXTENSÃO) PEREIRA, Nilton Mullet & SEFFNER, Fernando. ¿O que pode o ensino de História? Sobre o uso de fontes na sala de aula¿. Anos 90, v.15, n.28: dez.2008, p. 113-128. 11) 10/12 ¿ PROVA (AVALIAÇÃO DO MÓDULO) Módulo História Oral/Prof. Dr. Cliff 12) 14/01 ¿ HISTÓRIA ORAL, ÉTICA E EXTENSÃO (AULA DE EXTENSÃO): AMADO, Janaína. ¿A culpa nossa de cada dia: ética e história oral¿. Projeto História (São Paulo), n. 15, abril de 1997, pp. 145-155. MATOS, Júlia Silveira; SENNA, Adriana Kivanski de. ¿História oral como fonte: problemas e métodos¿. História (Porto Alegre), v.2, n. 1, pp. 95-108, 2011. 13) 21/01 ¿ PRÁTICA DE HISTÓRIA ORAL SANTHIAGO, Ricardo; MAGALHÃES, Valéria Barbosa de. ¿Pt. 2 Ouvidos atentos: a entrevista como prática pedagógica¿. Em: História oral na sala de aula. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2015, p. 55-80. 14) 28/01 ¿ HISTÓRIA ORAL E HISTÓRIA DE VIDA PORTELLI, Alessandro. ¿Sonhos ucrônicos: memória e possíveis mundos dos trabalhadores¿. Projeto História (São Paulo, SP.) n.10, p. 41-58. dez., 1993. FRISCH, Michael H. ¿A desindustrialização vista de baixo para cima e de dentro para fora: o desafio de se retratar a classe trabalhadora em palavras e imagens¿. Em: ALBERTI, V.; FERNANDES, T.M.; FERREIRA, M.M. (orgs.). História oral: desafios pra o século XXI, pp. 145-177. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2000. 15) 04/01 ¿ OFICINA DE APRESENTAÇÃO DE HISTÓRIAS ORAIS PELOS GRUPOS (AULA DE EXTENSÃO) SANTHIAGO; MAGALHÃES. ¿Pt.. 2 Ouvidos atentos¿ em História oral na sala de aula, p. 80-147. 16) 11/02 ¿ AULA DE ENCERRAMENTO - SEMINÁRIOS DE SÍNTESE DOS MÓDULOS DA UC
Objetivos e Resultados Esperados: 3. Objetivos - Apresentar aos participantes o ofício do historiador motivando-o a trabalhar com fontes orais e audiovisuais, na prática da extensão, da pesquisa e do ensino. - Compreender a necessidade da produção, identificação, seleção e análise desses tipos de fonte, em diálogo com a bibliografia e com metodologias apropriadas. - Proporcionar o acesso ao debate acadêmico, de modo a refletir coletivamente sobre as etapas de produção do conhecimento científico e didático - Exercitar a leitura de fontes orais, a pesquisa documental e a análise histórica de elementos da cultura visual de forma mais ampla. - Criar um circuito de reflexão e atuação entre salas de aula que permita a troca entre discentes do curso de História, professores das redes de ensino básico e o público em geral. -Proporcionar visitas guiadas para a reflexão sobre as obras, envolvendo a montagem de acervos, os processos de museuização, catalogação , preservação e difusão. 6. Resultados esperados 1) Contribuição para a formação cidadã do indivíduo e sua autonomia para se posicionar no território de disputas de narrativas sobre a História que se configura no espaço público. 2) Compreensão das especificidades do ofício do historiador e dos métodos de análise histórica. 3) Desenvolvimento da capacidade de interpretação e de análise de fontes históricas relacionadas à cultura oral, com vistas ao ensino e à pesquisa. 4) Aperfeiçoamento dos critérios de busca, seleção e análise de documentos com vistas à elaboração de uma proposta de uso em sala de aula, considerando a historicidade das fontes e as metodologias pertinentes. 5) Discussão e eventual disponibilização dos seminários por meio digital. 6) Promoção do acesso e da divulgação de instituições nas cidades da Grande São Paulo responsáveis pela preservação de patrimônio histórico e cultural.
Justificativas: O século XXI é uma era de informações associadas às imagens, à linguagem audiovisual e à interação com gravações e outras formas de cultura oral. Tornou-se uma necessidade aos acadêmicos, aos profissionais do ensino, e aos cidadãos de modo geral saber interpretar os signos orais e audiovisuais e os conteúdos históricos mobilizados pelas obras artísticas quando tomadas como documentos de época. Imagens e mídias, por exemplo, são fartamente utilizadas pelos professores de História em suas aulas e em suas pesquisas. As diversas formas de comunicação no mundo contemporâneo também se servem da linguagem oral. Cabe ao historiador e às comunidades de aprendizagem de modo ampliado compreender as formas das narrações ou de seu uso como artefatos (em se tratando de cultura material) inseridos em alguns parâmetros teóricos, percebê-los como parte integrante de um universo oral de múltiplas origens, como por exemplo, narrações, gravações, fitas e discos, documentários, cinema, quadrinhos, televisão etc.. Este curso de extensão visa, fundamentalmente, propiciar a compreensão da relação entre a teoria e a prática no uso das histórias orais, do audiovisual e da cultura material no ensino da História. Procura-se demonstrar a importância de se capacitar o educador e, de forma mais alargada, o cidadão, para a prática da leitura e interpretação histórica desses documentos de modo sistemático. A utilização de imagens e artefatos em sala de aula como representação ou ilustração da realidade não expressa a riqueza dos conjuntos audições e semânticos disponíveis para o estudo da História. É possível compreender, por meio de metodologias apropriadas, a relação das fontes orais e de cultura material com implicações políticas, práticas econômicas em circuitos de repetições, apropriações e intercâmbios culturais. As montagens de propostas didáticas e outras estratégias de difusão do conhecimento histórico que contemplem os mais diversos campos da cultura oral por meio do deciframento de suas linguagens, seus suportes, seus significados são valiosos à medida que dão visibilidade à historicidade das apropriações do passado. O passado - que foi em certo momento presente e que elaborou o seu próprio passado e o seu futuro - se torna objeto em sala de aula, permitindo que os participantes reflitam sobre os regimes de historicidade.
Metodologias: Metodologia de ensino: Os participantes deste curso precisarão obrigatoriamente participar de seis (6) das quinze (15) aulas do semestre, mas serão bem-vindos a participar em todas as aulas. No Cronograma a seguir, disponibilizamos a programação de todas as 15 aulas da Unidade Curricular Laboratório de Ensino e Pesquisa em História III. Além disso, os alunos extensionistas serão convidados também a participarem das visitas aos locais de memória na cidade de São Paulo e/ou Guarulhos, com a obrigatoriedade de participarem de pelo menos uma (1) das três visitas. Haverá aulas dialogadas, oficinas da prática e análise de história oral e oralidade e, como avaliações, seminários/apresentações a partir da produção dos alunos; relatórios das visitas e a construção de sequências didáticas.
Conteúdo programático com responsáveis pedagógicos por tema/assunto - aula ou grupo de aulas: Conteúdo programático: ¿ As civilizações orais: estudos e historiografia ¿ O lugar da História nas tradições orais ¿ Tradições orais, contemporaneidade e suas Interações ¿ Processos Identitários individuais e coletivos na dinâmica das tradições orais ¿ Currículos em disputas narrativas; ¿ Políticas de reformas educacionais; ¿ Livro Didáticos: história, usos, legislação e abusos; ¿ Materiais didáticos em ação; ¿ Livros didáticos e sua materialidade; ¿ História Oral, Ética e Extensão ¿ Prática de História Oral ¿ História Oral e História de Vida ¿ Seminários de apresentação/prova de cada módulo ¿ Seminários de síntese
Referências (bibliográficas e outras): AMADO, Janaína. A culpa nossa de cada dia: ética e história oral. Projeto História (São Paulo), n. 15, abril de 1997, pp. 145-155. Disponivel em https://revistas.pucsp.br/revph/article/download/11225/8232. BARRY, Boubacar. Senegâmbia: desafios de uma história regional. Rio de Janeiro: SEPHIS/UCAM, 2000. Capítulo 01. BITTENCOURT, Circe. ¿Identidade nacional e ensino de história do Brasil¿. In: KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 5ª ed., São Paulo: Contexto, 2008, p.185-204. Brasil. Base Nacional Comum Curricular ¿ Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/escola-em-tempo-integral/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal.pdf, p. 397-433. CAIMI, Flávia Eloisa. ¿Fontes históricas na sala de aula: uma possibilidade de produção de conhecimento histórico escolar?¿. Anos 90, 15(28): 129-150, dez.2008. Disponível em http://www.seer.ufrgs.br/index.php/anos90/article/view/7963/4751. COTRIM, Gilberto e RODRIGUES, Jaime. ¿Manual do Professor¿. In: Expedições da História, 6º ano. São Paulo: Moderna, 2022, p. VI-XLVIII. Disponível em https://pnld.moderna.com.br/wp-content/uploads/2023/05/EDIT-EXP-Hist%C3%B3ria-Hist%C3%B3ria-6-ano.pdf COTRIM, Gilberto e RODRIGUES, Jaime. Historiar: 9. São Paulo: Saraiva, 2018. FRISCH, Michael H. ¿A desindustrialização vista de baixo para cima e de dentro para fora: o desafio de se retratar a classe trabalhadora em palavras e imagens¿. Em: ALBERTI, V.; FERNANDES, T.M.; FERREIRA, M.M. (orgs.).História oral: desafios pra o século XXI, pp. 145-177. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2000. Disponível em https://books.scielo.org/id/2k2mb/pdf/ferreira-9788575412879-06.pdf HAMA, Boubou e KI ZERBO, Joseph. Lugar da História na Sociedade Africana, in: KI:ZERBO, Joseph (Org). História Geral da África vol 01. Brasília: UNESCO, 2010. https://ipeafro.org.br/gratuito-historia-geral-da-africa-em-8-volumes-7357-paginas-em-pdf/ HAMPATÉ BÂ, A. A noção de pessoa na África Negra. Tradução didática do capítulo. HAMPATÉ BÂ, A. La notion de personne en Afrique Noire. In: DIERTILEN, Germaine (Ed). La notion de personne en Afrique Noire. Paris: CNRS, 1981. Pp. 181-192.Tradução de Luísa Ramos e Kevlin Medeiros. LANG, Alice Beatriz da Silva. ¿História oral, propostas e perspectivas¿. In: MAGALHÃES, Valéria; SANTHIAGO, Ricardo (orgs.). Memória e diálogo. São Paulo: Letra e Voz, Fapesp, 2011, pp. 125-136. LAVILLE, Christian. ¿A guerra das narrativas: debates e ilusões em torno do ensino de História¿. Revista Brasileira de História, 19(38): 125-138, 1999. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbh/v19n38/0999.pdf. MATOS, Júlia Silveira; SENNA, Adriana Kivanski de. ¿História oral como fonte: problemas e métodos¿. História (Porto Alegre), v.2, n. 1, pp. 95-108, 2011 Disponível em https://periodicos.furg.br/hist/article/view/2395/1286 PEREIRA, Nilton Mullet & SEFFNER, Fernando. ¿O que pode o ensino de História? Sobre o uso de fontes na sala de aula¿. Anos 90, v.15, n.28: dez.2008, p. 113-128. Disponível em https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/31560/000697736.pdf PORTELLI, Alessandro. ¿Sonhos ucrônicos: memórias e possíveis mundos dos trabalhadores¿. Projeto História. São Paulo: PUC-SP, n. 10, dez. 1993, pp. 41-58. SANTHIAGO, Ricardo; MAGALHÃES, Valéria Barbosa de. História oral na sala de aula. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2015. SANTOS, Patrícia Teixeira (org) Coleção África e Brasil. Vol. 4 - Educação e Sociedade entre a África e o Brasil. Curitiba: Editora Positivo, 2016, Vol. 6 - Religiosidade e Ritos. Curitiba: Positivo, 2016. ZIMBA, Benigna. Mulheres invisíveis: o gênero e as políticas comerciais no sul de Moçambique, 1720:1830.Maputo: Promedia, 2003.
Modo e critérios da avaliação de aproveitamento: Avaliações para os extensionistas: Os alunos extensionistas participantes deverão produzir um relatório de visita (individualmente) e uma proposta de roteiro didático (individualmente ou em grupo). No relatório de visita, o participante deverá descrever uma obra com potencial para a pesquisa ou o ensino de história. Na proposta de roteiro didático, apresentara, de forma escrita, um plano de trabalho em sala de aula a partir de uma obra explorada ao longo do curso, em diálogo com as leituras e reflexões realizadas.
Estratégias de Divulgação: A divulgação será feita através do site da PROEC (Catálogo de Cursos de Extensão e Eventos) e através das páginas do Departamento de História da UNIFESP nas redes sociais.
Recursos didáticos: ¿ Aulas expositivas. ¿ Trabalho em grupo ¿ Oficinas sobre a Tradição Oral, Livros Didáticos e História Oral Classroom da Google
Ementa: O Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em História III objetiva o preparo de estudantes para ensino e pesquisa histórica e sua extensão em serviço a comunidade. Para tanto, a disciplina tem uma proposta que se desdobra em três módulos, que dialogam entre si. A primeira unidade abordará os estudos sobre as tradições orais e suas formas de construção do conhecimento, sobre como lidam com o processo histórico, com as visões das temporalidades sociais e como elas se apresentam em processos de depoimentos e entrevistas. A segunda unidade pretende estudar o livro didático em perspectiva histórica e também exercer a crítica da atual produção didática brasileira, bem como os documentos oficiais sobre o ensino de História que orientam a organização dos currículos escolares no país. Esses últimos estudos servirão de fundamento crítico para a produção didática que os alunos serão incentivados a realizar. A terceira unidade destacará o estudo da História Oral e a produção prática de criação de fontes para os níveis de ensino Fundamental e Médio. Pretende-se discutir teoricamente as formas de execução e uso da História Oral para realizar projetos de Extensão.