SIEX - Sistema de Informações de Extensão

26476 - Meliponicultura e Agricultura Familiar: um caminho para o desenvolvimento sustentável e qualidade de vida
Ano Base: 2024
Tipo de ação: CURSO DE EXTENSÃO
Plano de ensino

Plano de ensino: Equipe executora ¿ UNIFESP: Profa. Dra. Michelle Manfrini Morais Vatimo ¿ Professora Adjunta Universidade Federal De São Paulo - Diadema Profa. Dra. Fabiana Casarin ¿ Professora Adjunta Universidade Federal De São Paulo ¿ Diadema Colaboradores Mestrando Yuri Ribeiro Diogo Prof. Dr. Tiago Maurício Francoy - EACH/USP PÚBLICO ALVO O curso tem como objetivo abarcar público diverso com foco em comunidades economicamente vulneráveis CRITÉRIOS E MODO DE SELEÇÃO: A seleção se dará por meio de inscrição em link amplamente divulgado, com número máximo de 100 inscritos. Caso haja excedentes, uma lista de espera será montada. Curso oferecerá carga de 54 horas totais.

Objetivos e Resultados Esperados: 1. Promover a preservação ambiental, a inclusão social e o aumento da geração de renda para os participantes por meio da meliponicultura, com foco em comunidades economicamente vulneráveis; 2. Contribuir como busca de renda extra de forma sustentável; 3. Estabelecer e manter o diálogo contínuo com as comunidades participantes e outras potenciais beneficiárias, a fim de ampliar o alcance e os benefícios do projeto. Os resultados esperados desta ação incluem impactos mensuráveis por meio de avaliações pré e pós-intervenção, realizadas com questionários distribuídos aos participantes. Esses instrumentos permitirão quantificar o ganho de conhecimento decorrente da participação no curso, o engajamento com a prática da meliponicultura, bem como avaliar mudanças comportamentais e de percepção em relação à preservação ambiental e à conservação da mata nativa. Aspectos como o incentivo ao plantio de flores para as abelhas, a auto-percepção do relacionamento com a natureza e outras variáveis relacionadas ao impacto ambiental também serão monitorados através dos questionários. Além disso, um resultado relevante é além da formação de recursos humanos, avaliar a potencial criação de associações comunitárias e o treinamento de novos meliponicultores. Mesmo que a criação de abelhas sem ferrão não seja adotada como hobby ou atividade complementar de renda, essa formação promoverá o fortalecimento do conhecimento técnico e o empoderamento das comunidades locais. Adicionalmente, o aumento do acesso a informações científicas de qualidade para a população em geral poderá contribuir para a disseminação da ciência, favorecendo o aumento do letramento científico e fomentando uma maior conscientização acerca do papel da ciência no cotidiano, além de reforçar a importância da conservação da biodiversidade.

Justificativas: A prática da Meliponicultura possui uma longa tradição entre as comunidades tradicionais e indígenas em toda América Latina. Essa atividade demonstra um significativo potencial na produção de mel e produtos, oferecendo amplas perspectivas. Isso ocorre graças às suas características únicas, como os baixos custos associados à criação de meliponários e a facilidade de manejo, além do valor crucial desse empreendimento na preservação das diversas espécies de abelhas, contribuindo diretamente para a manutenção da biodiversidade. Nas últimas décadas vivenciamos uma grande devastação de áreas cada vez mais expressivas em nossas florestas tropicais, devido a uma série de fatores relacionados à desorganização social e ao desequilíbrio ambiental. Tais situações são resultado tanto da ação humana quanto de fenômenos naturais. A ocupação não planejada por parte da população tem levado à destruição de ambientes naturais nos quais numerosas espécies de abelhas sem ferrão prosperam. Esse cenário impacta negativamente o estudo e a compreensão dessas espécies, assim como as interações delas com as árvores que polinizam ou frequentam. Pensando nisso, o oferecimento de cursos de extensão sobre meliponicultura aparece como uma importante ferramenta devido a importância da conscientização da população em geral sobre a manutenção de áreas verdes para a preservação das populações de abelhas.

Metodologias: As aulas serão mensais sempre no 3o sábado do mês. Todos os encontros terão uma parte teórica e uma parte prática, haverá visita 100% prática a Unifesp e ao Parque Ecológico Imigrantes para conhecer os meliponários científicos e também visita a um meliponicultor da região. Iremos receber a visita de compradores deste tipo de alimento, e também de especialista para saberem como montar um negócio além de como montar um meliponário.

Conteúdo programático com responsáveis pedagógicos por tema/assunto - aula ou grupo de aulas: Curso Pro Mel 2024, Local: Pinacoteca - SBC: 14/12/24 Teórica: Indivíduos da colônia, Divisão de trabalho, Enxameamento, Localização, Materiais de construção, Arquitetura dos ninhos, Prática Colmeia de observação, Indivíduos da colônia em lupa, Diversidade de abelhas (coleção), Montagem e Instalação de iscas*, Produção de atrativos; 18/01/25 Local: Pinacoteca ¿ SBC, Convidado Bate papo com convidado especialista Eugênio Basile (MBee) E agora, quais espécies criar?, Prof. Dr. Tiago Maurício Francoy, Aquisição das colônias, Modelos diversos, 22/02/25 Local: Pinacoteca ¿ SBC, Teórica: Inimigos naturais; Pragas e doenças que afetam o meliponário, Monitoramento e fortalecimento, *Alimentação com dieta artificial, alimentação com dieta energética proteica Prática Qualidade do mel e produtos diversos; Degustação de méis diversos; 22/03/25 Local: a definir (UNIFESP ou PEI): Teórica: Relação entre abelhas e agricultura orgânica; Inoculantes do solo Prática Divisão de colônia; transferência de colônia; Produção de cera mista; Compostagem 10/04/25 Local: a definir: Incursão em Comunidades participantes (andamento do projeto/instalação dos meliponários); 19/04/25 Local: Pinacoteca ¿ SBC, Possíveis convidados: Convidado Suporte para implementação de meliponário e cadastramento, Renata Taveira; Carolina Matos; 24/05/25 Local: Pinacoteca - SBC: Convidado Formação Associação dos Meliponicultore; 31/05/25 Local: a definir Prática Visita ao Meliponário de criação

Referências (bibliográficas e outras): Allen, D., & Tanner, K. (2005). Infusing active learning into the large-enrollment biology class: seven strategies, from the simple to complex. Cell biology education, 4(4), 262-268. Barbiéri, C., & Francoy, T. M. (2020). Modelo teórico para análise interdisciplinar de atividades humanas: A meliponicultura como atividade promotora da sustentabilidade. Ambiente & Sociedade, 23, e00202. Cortopassi-Laurino, M., Imperatriz-Fonseca, V. L., Roubik, D. W., Dollin, A., Heard, T., Aguilar, & Nogueira-Neto, P. (2006). Global meliponiculture: challenges and opportunities. Apidologie, 37(2), 275-292. Gill, A., Biger, N., Mand, H. S., & Shah, C. (2012). Corporate governance and capital structure of small business service firms in India. International Journal of Economics and Finance, 4(8), 83-92. Jacobucci, D. F. C. (2008). Contribuições dos espaços não-formais de educação para a formação da cultura científica. Revista em extensão, 7(1). Morin, E. 2000. Ciência com Consciência. Rio de Janeiro: Bertand Brasil. Slaa, E. J., Chaves, L. A. S., Malagodi-Braga, K. S., & Hofstede, F. E. (2006). Stingless bees in applied pollination: practice and perspectives. Apidologie, 37(2), 293-315. Trencher, G., Yarime, M., McCormick, K. B., Doll, C. N., & Kraines, S. B. (2014). Beyond the third mission: Exploring the emerging university function of co-creation for sustainability. Science and Public Policy, 41(2), 151-179. Alves, R.M.O.A., Justina, G.D., Souza B.A., Dias, C.S., Sodré G.S. (2006). Criação de abelhas nativas sem ferrão (Hymenoptera: Apidae): autossustentabilidade na comunidade de Jóia do Rio, município de Camaçari, Estado da Bahia. MAGISTRA, Cruz das Almas-BA, v. 18, n. 4, p. 221-228.

Modo e critérios da avaliação de aproveitamento: O curso terá exigência de pelo menos 75% de presença dos participantes como requisito final para obtenção do certificado; Mensuração através do uso de questionário pré e pós-intervenção para avaliar o ganho de conhecimento decorrente da participação dos cursistas através do engajamento com a prática da meliponicultura, além de avaliar mudanças comportamentais e de percepção em relação à preservação ambiental e à conservação da mata nativa.

Estratégias de Divulgação: Como recursos didáticos serão utilizados projetor de slides para as aulas teóricas e palestras diversas e para as aulas práticas serão utilizados meios de demonstração de práticas de meliponicultura utilizadas para fortalecimento do manejo com as abelhas sem ferrão

Recursos didáticos: Como recursos didáticos serão utilizados projetor de slides para as aulas teóricas, bem como serão empregados vídeos explicativos para dinamizar as aulas. Para as aulas práticas serão utilizados meios de demonstração de práticas de meliponicultura que executem técnicas de manejo utilizadas para fortalecimento do trabalho com as abelhas sem ferrão. Esses recursos complementam o ensino teórico, oferecendo flexibilidade e reforçando o entendimento dos conteúdos abordados.

Ementa: Biodiversidade e biologia geral de abelhas sem ferrão; Oficina teórico-prática sobre quais espécies de abelhas criar, aquisição de colônias e modelos diversos prontos; Transferências de colônias (iscagem) para ninhos racionais; Inimigos Naturais; pragas e doenças que afetam o meliponário; Monitoramento e Fortalecimento das colônias; Produtos das abelhas sem ferrão; Processamento do mel, coleta e beneficiamento dos produtos (mel, pólen e cerume), Métodos de coleta do mel, Legislação aplicada, Técnicas de beneficiamento, Envase e Rotulagem; Pensando em um entreposto, áreas de recepção, extração, processamento, estoque e expedição do mel; Divisão das colônias