SIEX - Sistema de Informações de Extensão

27565 - Curso de Extensão Escola Pública II (vespertino)
Ano Base: 2025
Tipo de ação: CURSO DE EXTENSÃO
Plano de ensino

Plano de ensino: Os encontros ocorrerão sempre às sextas-feiras, no vespertino (14h) ou no noturno (19h), de modo que os participantes do curso de extensão poderão escolher o horário mais adequado as suas condições, com duração de 4 horas, entre os dias 30/05/25 e 25/07/2025. Como a metodologia implica na integração dos saberes os professores Sergio Stoco, Flamínio Rangel e Denilson Soares participarão de todos os encontros e atividades do curso.

Objetivos e Resultados Esperados: Formação continuada de profissionais da educação.

Justificativas: O projeto de extensão Rede Escola Pública e Universidade - REPU https://www.repu.com.br/, tem na integração da universidade (comunidade acadêmica) e a Educação Básica (comunidade escolar) uma forma de organizar a formação inicial e continuada, nas escolas e na universidade. Desde 2016, os membros do projeto geram incidências nas políticas educacionais (estadual e nacional) produzindo pesquisas em colaboração (universidade ¿ escolas), notas técnicas, publicações (acadêmicas, escolares e jornalísticas) e diversas formas de interação formativa. Em 2019, produzimos um livro- ¿Escola Pública: Práticas e pesquisas em Educação¿ https://editora.ufabc.edu.br/downloads/download/5-livros-em-pdf/49-escola-publica - com o objetivo de conformar-se em material didático e de divulgação científica para formações da nossa rede. Entre outras iniciativas, propusemos lançar unidades curriculares da graduação e disciplinas da pós-graduação 100% curricularizadas, tendo como escopo o estudo e a compreensão (análise) sobre a Escola Pública, considerando sempre, a aproximação entre diferentes saberes (os conhecimentos acadêmicos e os conhecimentos das práticas escolares). Considerando nossa parceria (termo de cooperação) com o município de Diadema e com a Diretoria de Ensino de Diadema (Seduc SP), pretendemos oferecer essa formação inicial sobre os conhecimentos a respeito da Escola Pública. Por esta razão, estamos propondo, no atual semestre, que a oferta da UC Escola Pública (eletiva) do curso de Ciências - Licenciatura seja o espaço de integração entre a formação inicial dos nossos estudantes da graduação, os professores da universidade que formam professores e os profissionais da educação básica.

Metodologias: A forma de desenvolvimento do curso pressupõe a importância de aproximação entre diferentes saberes a respeito da construção social e histórica da Escola Pública. A partir de cada tema (capítulo do livro conteúdo de referência) faremos diálogos entre os saberes: dos estudantes, que estão cursando a licenciatura, neste momento; os professores da universidade, que formam professores e estão em contínuo contato com as escolas, por meio dos estágios supervisionados; dos professores das redes de ensino, trazendo suas práticas escolares como conhecimento e, portanto, interessados na educação pública, trazendo seus saberes e vivências. As aulas ocorrerão na Unifesp, dentro da programação como unidade curricular da graduação, e terão como objetivo produzir sínteses de reflexão e análise a respeito da Escola Pública.

Conteúdo programático com responsáveis pedagógicos por tema/assunto - aula ou grupo de aulas: CAPÍTULO 1 Escola pública, por que mesmo? CAPÍTULO 2 Por que é importante considerar a educação um direito humano? CAPÍTULO 3 Participação e democracia na escola pública CAPÍTULO 4 Conselhos de Escola: questões não superadas CAPÍTULO 5 Avaliações externas: quem avalia quem? CAPÍTULO 6 Gestão para resultados na escola pública CAPÍTULO 7 Condições de trabalho e salários dos professores CAPÍTULO 8 O que significa a perseguição aos professores? CAPÍTULO 9 Uma escola para adolescentes é possível? CAPÍTULO 10 O Ensino Médio entre reformas CAPÍTULO 11 Preparar para o trabalho? Qual trabalho? CAPÍTULO 12 Educação Integral: definições, políticas, projetos CAPÍTULO 13 A atualidade das políticas de EJA

Referências (bibliográficas e outras): BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente - LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. BRASIL. Lei 13.005/14 ¿ Aprova o Plano Nacional de Educação. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm BRASIL. Lei 9394/96 ¿ Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. CORTI, A.; CÁSSIO, F.; STOCO, S. (org.). Escola pública: práticas e pesquisas em educação. São Paulo: Editora da UFABC, 2023. Disponível em: https://editora.ufabc.edu.br/downloads/download/5-livros-em-pdf/49-escola-publica Complementar: ALVES, Nilda; VILLARDI, Raquel (orgs). Múltiplas leituras da nova LDB, Rio de Janeiro: Qualitymark/Dunya, 1997. ANDERSON, Perry. Balanço do Neoliberalismo. In: SADER, Emir; GENTILI, Pablo (orgs). Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado Democrático. 4.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998. ARRETCHE, Marta. Federalismo e políticas sociais no Brasil: problemas de coordenação e autonomia. São Paulo Perspec., São Paulo , v. 18, n. 2, June 2004. AZANHA, Jose Mario Pires. Experimentação educacional: uma contribuição para sua analise. São Paulo, SP: EDART, 1974. AZANHA, José Mário Pires. Políticas e Planos de Educação no Brasil: alguns pontos para reflexão. Cadernos de Pesquisa: São Paulo , n. 85, maio. 1993. BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia. (trad. De Marco Aurélio Nogueira), São Paulo: Paz e Terra, 2000. BORGES, Zacarias P. Política e educação: análise de uma perspectiva partidária, Campinas-sp, FAEP/UNICAMP/Hortograff, 2002. BOTH, Ivo J. Municipalização da educação: uma contribuição para um novo paradigma de gestão do ensino fundamental, Campinas, SP: Papirus, 1997. CAMPOS, M.R. de; CARVALHO, M.A. de. A Educação nas Constituições Brasileiras. Campinas, Pontes, 1991. CUNHA, Luiz Antônio. Educação, estado e democracia no Brasil. 6. ed. São Paulo, SP; Niterói, RJ; Brasília, DF: Cortez: EdUFF: FLACSO, 2009. CUNHA, Luiz Antônio. O ensino profissional na irradiação do industrialismo. 2. ed. São Paulo, SP; Brasília, DF: UNESP: FLACSO, 2005. DAVIES, Nicholas. Fundeb: A Redenção da Educação Básica? Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 753-774, out. 2006. DEMO, Pedro. A nova LDB: ranços e avanços, Campinas, SP: Papirus, 1997. DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 5. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2002. DE TOMASI, L.; WARDE, M.J.; HADDAD S. A. (orgs). O Banco Mundial e as políticas educacionais, São Paulo: Cortez, 1996. EDUCAÇÃO E SOCIEDADE. Revista de Ciência da Educação, Volume 23, no. 80 (especial): Políticas públicas para a educação: olhares diversos sobre o período de 1995 a 2002, São Paulo, Cortez, Campinas SP: CEDES, 2002. FERNANDES, Florestan. Educação e sociedade no Brasil. São Paulo, SP: Dominus: Editora da USP, 1966. FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara, 1987. FREITAG, B. Escola, Estado e Sociedade, São Paulo: Edart, 1977. FREITAS, Luiz Carlos de. Ciclos, Seriação e Avaliação: confronto de lógicas, São Paulo: Moderna, 2003. FRIGOTTO, Gaudencio. A produtividade da escola improdutiva: um (re) exame das relações entre educação e estrutura econômico-social capitalista. 4. ed. São Paulo, SP: Cortez, 1993. GANDINI, Raquel P.C. Notas sobre a constituição do Estado Nação e a educação pública. Revista PRÓ-POSIÇÕES. Vol.3 Nº 2 [8], julho 1992, S. Paulo. Cortez Editora,Campinas-UNICAMP. GUIMARÃES, Áurea M. A dinâmica da violência escolar: conflito e ambiguidade. Campinas, SP: Autores Associados, 1996. GERMANO, José Willington. Estado Militar e Educação no Brasil (1964-1985). Campinas SP: Cortez, 1993. GENTILI, Pablo A. A.; SILVA T.T. (orgs). Neoliberalismo, qualidade total e educação: visões críticas, Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. GIUBILEI, Sonia. Trabalhando com adultos, formando professores. 1993. [217]f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas [SP. Disponível em: <http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000072150>.

Modo e critérios da avaliação de aproveitamento: A participação aluno em sala de aula pressupõe a leitura dos textos indicados e o acesso às informações disponibilizadas no ambiente virtual de aprendizagem (moodle). A frequência mínima para aprovação é 75%; sendo as exceções àquelas amparadas em lei e resoluções do ministério da educação e dos conselhos nacional e estadual de educação. Serão quatro, os componentes para acompanhamento do desenvolvimento do estudante: 1 - Habilidade escritora e argumentativa; 2 - Capacidade de acompanhar a realidade educacional; 3 - Habilidade para realizar reflexões críticas; 4 - Descobrir as habilidades para construir sua identidade como conselheiro. Os componentes serão acompanhados processualmente, tendo como desfecho uma auto avaliação.

Estratégias de Divulgação: O curso é promovido e apoiado na parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Diadema (acordo de cooperação) e Diretoria de Ensino de Diadema (Seduc SP) que farão os convites e estimularão a participação da(o)s profissionais da educação básica.

Recursos didáticos: Moodle; Livro texto de referência; Encontros com reflexões dialógicas.

Ementa: Para atingir os objetivos de formação, a programação terá um conjunto de questões problematizadoras como roteiro das reflexões: Por que a escola é pública? Por que todos devem ir para a escola? O que é ser professor? Por que tenho que estudar este conteúdo? Para que serve a avaliação? Como o dinheiro chega na escola? Como as famílias participam da educação escolar?