SIEX - Sistema de Informações de Extensão

Programa preliminar: A palestra consiste na apresentação de pesquisa sobre Lourenço da Silva Mendonça, publicada no livro Lourenço da Silva Mendonça and the Black Atlantic Abolitionist Movement in the Seventeenth Century, Cambridge University Press, 2022

Objetivos e Resultados Esperados: Desconstrução da narrativa eurocêntrica sobre a História Africana e o abolicionismo

Programação do evento: O envolvimento dos africanos na abolição da escravatura está frequentemente confinado a casos de ¿revoltas a bordo de navios¿, ¿comunidades de quilombolas¿ e ¿escravos fugitivos individuais¿. Nesta palestra é analisado o caso legal de libertação, altamente organizado e de escala internacional, liderado pelo nobre kimbundo (angolano) Lourenço da Silva Mendonça e a reação do Vaticano ao caso através de 11 propostas. Defende que um movimento pela abolição da escravatura liderado por um africano em solidariedade com outros grupos marginalizados é anterior aos abolicionistas europeus. O processo judicial apresentado no Vaticano, a 6 de março de 1684, por Mendonça, que exigiu a abolição da escravatura, incluía grupos de descendência africana em Espanha, Portugal e Brasil, bem como grupos de cristãos-novos e indígenas nas Américas. A dimensão desta iniciativa internacional que apelava à abolição da escravatura no Atlântico, liderada pelos próprios africanos, não faz parte da história dos movimentos abolicionistas. No seu discurso no Vaticano, Mendonça questionou a instituição da escravatura atlântica, utilizando quatro princípios fundamentais para sustentar o seu argumento: Leis Humanas, Naturais, Divinas e Civis. A relação de Mendonça com os cristãos-novos, os nativos brasileiros e outros africanos foi fundamental para uma defesa distinta dos direitos humanos universais, da liberdade e da humanidade. A palestra é uma atividade da Cátedra Lourenço da Silva Mendonça, IEAC/Unifesp

Estratégias de Divulgação: Flyer, Instagram, Facebook, Site Unifesp