27393 - Máquinas de fazer desparecer: polícia e política no Rio de Janeiro e na Bahia
Ano Base: 2025Tipo de ação: EVENTO
Programa preliminar
Programa preliminar: Máquinas de fazer desparecer: polícia e política no Rio de Janeiro e na Bahia. Mesa de abertura do ano letivo de 2025 do LASInTec, com José Claudio Souza Alves (UFRRJ), Fábio Félix Ferreira (UESB) e Jonnefer Barbora (PUC-SP), mediação da mesa por Maria Minussi (UNIFESP/LASInTec). 29 de abril de 2025, terça-feira, às 19hs, no Campus Osasco da EPPEN-UNIFESP. Rua General Newton Estilac Leal, 932 Osasco - SP
Objetivos e Resultados Esperados: As polícias brasileiras estão entre as que mais matam no mundo. Ao mesmo tempo, a segurança sempre figura nas sondagens como principal preocupação dos cidadãos e cidadãs. As repostas à essa demanda por segurança é, invariavelmente, aumentar e diversificar a quantidade e as modalidades de polícia. Em nome da segurança, há polícias de todo tipo: estatais e privadas, legais e ilegais, ostensivas e investigativas, operadas com truculência ou por meio de dispositivos high-techs, letais e menos letais. As polícias brasileiras ostentam números de guerra. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, só em 2023, as polícias civis e militares foram responsáveis por 6.393 execuções diretas de pessoas. Esse número é maior que a soma das mortes por intervenção policial de 15 países do G20. Exclui-se dessa conta Arábia Saudita, China e Rússia, que não possuem dados confiáveis sobre mortes executadas por agentes de segurança. As polícias brasileiras matam 36 vezes mais que a média de mortes por agentes de segurança nos países do grupo. Em comparação com a África do Sul, segundo país com a polícia que mais mata, o Brasil ainda tem uma taxa 7,5 vezes maior que o país do continente africano. Internamente, quem lidera o ranking de produção de cadáveres é o estado da Bahia, com 1699 execuções em 2023, seguido do estado do Rio de Janeiro, com 871 mortes por intervenção policial no mesmo ano. São Paulo ficou em 5º lugar nesse ranking nacional, 504 mortes por intervenção policial em 2023. Mas, segundo o Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial, do Ministério Público, em 2024, só a Polícia Militar do estado de São Paulo, executou 760 pessoas. Números que cresceram graças à atuação das operações Escudo e Verão na baixada santista. Em resumo: a polícia é um problema e uma gigantesca máquina de fazer desparecer pessoas, com ou sem registro. Se somarmos a esses dados o fato de nunca termos tantos agentes de segurança e burocratas armados ocupando cargos políticos nos executivos e legislativos, não seria exagero dizer que a polícia é, hoje, um problema político e social urgente no Brasil. Para pensarmos juntos esse problema-polícia convidamos um pesquisador da Bahia, Fábio Felix Ferreira, professor no curso de Direito da UESB, um pesquisador do Rio de Janeiro, professor no curso de Ciências Sociais da UFRRJ e o filósofo, professor da PUC-SP, Jonnefer Barbosa. A proposta é ir além dessas alarmantes estatísticas sobre a letalidade das polícias no Brasil e analisar a polícia como um problema amplo que se configura como uma máquina de fazer desaparecer pessoas, como registros ou não. Talvez o mais importante problema político hoje no Brasil.
Programação do evento: Máquinas de fazer desparecer: polícia e política no Rio de Janeiro e na Bahia. Mesa de abertura do ano letivo de 2025 do LASInTec, com José Claudio Souza Alves (UFRRJ), Fábio Félix Ferreira (UESB) e Jonnefer Barbora (PUC-SP), mediação da mesa por Maria Minussi (UNIFESP/LASInTec). 29 de abril de 2025, terça-feira, às 19hs, no Campus Osasco da EPPEN-UNIFESP. Rua General Newton Estilac Leal, 932 Osasco - SP
Estratégias de Divulgação: A divulgação será feita por meio do site e das redes sociais do LASInTec.: https://lasintec.unifesp.br/