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Programa preliminar: Projeção do documentário Maré do Peixe, dia 03/06/2025, às 18h, no auditório do Instituto do Mar. 2024. 40 min. 1080p. Na beira das praias de Touros (RN) e Baía da Traição (PB), Brasil, as ciobas, as bicudas, os serras, as mariquitas e outros peixes se mostram no convés das jangadas. Mas como encontrar esses cardumes no meio do mar? Botar a jangada em cima do pesqueiro envolve alguns segredos da pesca artesanal. Frequentar as pedras onde o peixe vem comer: os parrachos, as riscas, os naufrágios, os tassis. De olho no farol alinhado às moitas e matas, fazer a marcação por terra do caminho do pesqueiro e da posição certa para assentar a embarcação. Chegar até o pesqueiro quando o peixe vem comer. Deixar a embarcação, a linha, o anzol e o arpão seguirem a maré do peixe, quando e onde ele gosta de comer. Com os pescadores: Valentin, Aloizio, Valderi, Lindon, Maxwel, Rodrigo, Neneu, Oliveira, Uildo. Pesquisa e Direção: Rafael Devos e Gabriel Coutinho Barbosa Imagens e som direto: Rafael Devos e Gabriel Coutinho Barbosa Imagens adicionais: Rodrigo da Silva Ferreira e Maxsuel Dias Montagem: Rafael Devos Edição de som: Viviane Vedana Realização: CANOA/ Universidade Federal de Santa Catarina e INCT Brasil Plural Com os pescadores, conhecemos a diversidade dos pesqueiros com câmeras gopro, DSLR e gravador de áudio a bordo, abaixo ou em torno das jangadas: conversa com pescadores, enquanto lidam com madeira, cordas e outros materiais; plano sequência na beira da praia seguindo contrastes entre pescados e formas de comércio; câmera a bordo da jangada para percepção embarcada horizontal do pesqueiro (paralaxe); imagens subaquáticas para percepção vertical do pesqueiro (profundidade). Rafael Victorino Devos é professor no Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina. Graduado em Publicidade e Propaganda, Mestre e Doutor em Antropologia Social (UFRGS). Pesquisador do CANOA PPGAS UFSC e do INCT Brasil Plural. Bolsista CNPq PQ2. Dirigiu os documentários ¿Os seres da mata e sua vida como pessoas¿ (Prêmio Pierre Verger ¿ Melhor Filme 2012) e ¿Ver Peixe¿ (Prêmio Pierre Verger ¿ Menção Honrosa 2018). Gabriel Coutinho Barbosa é professor no Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina. Graduado em Ciências Sociais, Mestre e Doutor em Antropologia Social (USP). Pesquisador do CANOA PPGAS UFSC e do INCT Brasil Plural. Correalizador do documentário ¿Ver Peixe¿ (Prêmio Pierre Verger ¿ Menção Honrosa 2018). O filme é parte de pesquisa etnográfica produzindo imagens com pescadores que navegam em jangadas pela costa oceânica da Paraíba e Rio Grande do Norte. O enfoque é nas habilidades perceptuais dos jangadeiros: seus modos de conhecer a paisagem costeira através das relações da embarcação e seus instrumentos de pesca com as dinâmicas ambientais que emergem no encontro de pesqueiros no interior da plataforma continental oceânica. Os pesqueiros se revelam em 3 eixos de ação: a bordo da jangada, sob as águas e na beira da praia. A câmera persegue a confluência das técnicas dos jangadeiros com a maré do peixe - com os movimentos que fazem a paisagem sobre e sob as águas, no encontro da jangada, da linha, do anzol e outros artefatos com cardumes, em meio aos substratos que aderem a recifes e outros materiais submersos, aos ritmos da maré e dos ventos. Em 2015 e 2016, produzimos as primeiras imagens acompanhando a marcação por terra - técnica de navegação por marcos terrestres, na praia de Baía da Traição, na Paraíba. Em 2018 e 2019 aprimoramos em Touros, no Rio Grande do Norte, a percepção das faixas de profundidade (parrachos, risca, tassis, paredes) onde encontrar os pesqueiros e as formas de comércio da pesca artesanal na praia. Após uma interrupção no campo com a pandemia de Covid-19, reencontramos alguns dos personagens nos pesqueiros de Touros e na Regata de jangadas da praia de Cajueiro, em 2023. Realizado com apoio do CNPq (Bolsa PQ2) e INCT Brasil Plural.

Objetivos e Resultados Esperados: Popularização das ciências do mar e da cultura tradicional costeira da Paraíba. Divulgação da cultura oceânica.

Programação do evento: Projeção do documentário Maré do Peixe, dia 03 de junho de 2025, às 18h, no auditório do Instituto do Mar.

Estratégias de Divulgação: Internet, listas de emails, redes sociais